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Home » Artigos » Testemunhos e entrevistas » Entrevista com Vanessa Brites – mãe de uma criança com SII

Entrevista com Vanessa Brites – mãe de uma criança com SII

Junho 25, 2021 Por Joana Oliveira

A entrevista de hoje é com Vanessa Brites, mãe de uma criança com SII e na dieta low FODMAP. Um testemunho importante para quem tem filhos com esta patologia e que convive diariamente com os desafios de uma alimentação adaptada em idade escolar.

Este artigo insere-se na temática de partilha de experiências de pacientes e profissionais de saúde com a dieta low FODMAP. Depois do testemunho do nutricionista Fábio Cardoso, a convidada de hoje é a Vanessa Brites. A Vanessa é mãe de uma criança que sofre da Síndrome do Intestino Irritável. O A. tem 10 anos e segue a dieta low FODMAP em casa e na escola.

Queria começar por agradecer-te teres aceitado o convite para partilhares connosco a tua experiência enquanto mãe do A. que tem a Síndrome do Intestino Irritável. Com que idade é que apareceram os primeiros sintomas? E como foi o percurso desde aí até ao diagnóstico?

Obrigado pelo convite. O A. tinha queixas constantes de dor de barriga, que começaram quando tinha quatro anos, após internamento por salmolena. Era dia sim, dia não a ir buscá-lo à escola, queixas da barriga a remoer e remoer, diarreias, muitas idas à casa de banho, acordar mal disposto, ir para a cama mal disposto, já não sabia o que fazer… Tem agora 10 anos e só de há um ano e meio para cá é que conseguimos ter qualidade de vida graças a esta alimentação – a dieta low FODMAP.

Como é que tiveste contacto com a dieta low FODMAP? Foi sugerida por um profissional de saúde?

O A. começou a ser seguido no hospital em consultas de gastrentologia e ao fim de alguns exames e consultas foi-nos marcada consulta com a dietista. Foi aí que ouvimos falar pela primeira vez da dieta low FODMAP. Considero que, tanto ele como eu, fomos bem acompanhados e informados. Ficámos com informação escrita e uma lista de alimentos permitidos, moderados e proibidos.

Lembras-te da tua primeira reacção? E como fizeste para te informares sobre a dieta low FODMAP?

Inicialmente foi um susto grande porque nunca tinha ouvido falar da dieta low FODMAP. Comecei por pesquisar na internet e segui algumas páginas e grupos. Havia alimentos que nem faziam parte sequer da nossa alimentação e que desconhecíamos até como se confeccionavam, como é o caso da quinoa ou das acelgas. Foi uma descoberta e inicialmente um problema, talvez por não ter informação e por não saber nada. Agora deixou de ser um problema.

Sendo que normalmente as crianças fazem uma dieta low FODMAP mais simplificada para evitar carências, como se passaram as fases da dieta? Já fez a reintrodução?

Logo no inicio seguimos a tal lista que nos foi dada, ou seja retirámos todos os alimentos da dieta para avaliar se os sintomas desapareciam. Após algumas semanas começámos a adicionar alimentos um a um e apontando sempre os sintomas associados ao seu consumo. E assim depois de algum tempo conseguimos ter a nossa própria lista.

A dieta resultou para ele? O teu filho tem apresentado melhorias de sintomas?

O meu filho apresenta muitas melhorias e hoje sei exatamente o que pode e não pode comer.

E como é que ele reagiu a esta mudança tão radical da sua alimentação?

Tenho um menino super responsável e cuidadoso, que sabe o que deve e não deve comer. Tem consciência que é para o bem dele, e sabe que o que fazemos em casa é o melhor para ele. Tento fazer coisas apetitosas e sempre com um bocadinho de surpresa para concorrer com todas aquelas montras cheias de coisas deliciosas e muito apelativas para os miúdos. Ele tem noção que ter saúde é o mais importante.

Podes explicar um pouco como é hoje em dia a alimentação do teu filho? O que é que pode ou não comer?

O A. tem uma alimentação variada dentro das opções que a dieta lhe permite. Não consome alimentos processados e enlatados, glúten ou lactose. Como optamos por uma alimentação mais natural, a maior parte dos lanches e snacks são feitos em casa.

Como é que adaptaste a dieta ao seu dia a dia em casa e como fazem refeições em família?

Também foi uma adaptação sendo que inicialmente havia o prato do A. e o nosso. Agora ajustamos apenas o dele. Por exemplo, se fazemos massa, a do A. também é massa mas sem glúten. Nós como família já temos alguns cuidados com a alimentação, o que faz com que as coisas não sejam assim tão complicadas.

E na escola? Ele come na cantina?

Na escola inicialmente foi uma luta para que a alimentação fosse baixa em FODMAP e não apenas um prato vegetariano (foi logo o que pensaram). No inicio disse que estaria disponível para fazer as refeições para ele levar para a escola. A resposta foi que a escola apenas permitia refeições no refeitório confeccionadas lá. Então, a gastrenterologista que sempre o acompanhou passou uma declaração para entregar na escola e mesmo assim ouvi que o A. teria de comer à parte dos seus amigos. Como para mim não era algo aceitável ficou combinado que a escola iria então ajustar a ementa diária às necessidades do A. No inicio não correu bem e o A. dizia: “hoje não comi a carne porque tinha molho. Deram-me só as batatas” ou “hoje não comi a sopa, só comi o segundo prato”. Para além de estar a criar ansiedade ao meu filho todos os dias, a escola não estava a garantir o almoço completo. Fazia a ementa para todos e depois na hora do almoço do A. era retirado o que não podia. Ouvi diariamente as suas queixas de que não comeu o segundo prato, ou a sopa, o acompanhamento e até a fruta. Reclamei junto da escola e da nutricionista responsável e foi-me dito que a equipa da cozinha iria ter formação sobre esta dieta. Consegui finalmente sensibilizar a professora e quem o acompanha na escola. Tenho todos os meses contacto com a nutricionista da Câmara Municipal pertencente à escola e com as senhoras da cozinha. Há uma ementa só para ele que me é enviada a cada mês. Inicialmente andava frustrada por estar a ser difícil mas agora estou feliz. Só tenho a agradecer a todos porque neste momento já não é um problema e o A. é tratado por todos com bastante carinho. Hoje o A. tem uma ementa variada, uma refeição completa e que ele gosta, o que é bom. A escola está a terminar e para o próximo ano irá para outra escola. Já está combinado um rever da situação do A. para que nada falhe e ele continue a ter os cuidados necessários para continuar a seguir esta dieta.
É verdade que foi necessário “meter as garras de fora”, uma vez que como mãe não aceitava o mais ou menos. “Se é assim que ele tem que comer têm que garantir”, pensei eu. Inicialmente bati de frente pois só o queria ver nas melhores condições. Consegui… conseguimos! Já há inclusivamente na escola do A. outro menino a seguir também a dieta low FODMAP.

E para terminar, queres deixar alguma mensagem aos pais de crianças com SII que têm de iniciar a dieta low FODMAP?

Parece assustador mas não é nenhum bicho de sete cabeças. Inicialmente é preciso tempo e dedicação. O blog My Gut Feeling e o grupo de facebook low FODMAP Portugal, ajudaram-me muito a perceber que não estava sozinha e ainda hoje ambos fazem a diferença nos meus dias seja em dicas de receita ou partilha de experiências pelo que as considero como um bom suporte para quem convive com esta realidade diariamente. Espero com a minha partilha poder ajudar a tirar algumas dúvidas ou receios de quem se depara pela primeira vez com a Síndrome do Intestino Irritável e a necessidade de introdução da dieta Low Fodmap no dia a dia das suas crianças.

Muito obrigada!

Categorias:Artigos, Testemunhos e entrevistas Etiquetas:Dieta Low FODMAP, entrevista, SII, Síndrome do Intestino Irritável, testemunho

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